O que é cardiopatia congênita?
A cardiopatia congênita é uma condição que se desenvolve ainda na gestação e afeta a estrutura ou o funcionamento do coração do bebê. Em outras palavras, trata-se de uma ou mais alterações no coração que estão presentes desde o nascimento. Essas alterações podem comprometer o fluxo sanguíneo, dificultar a oxigenação do corpo ou sobrecarregar partes do coração.
É importante lembrar que existem muitos tipos diferentes de cardiopatia congênita. Algumas são leves e podem ser acompanhadas com exames e consultas periódicas. Outras são mais complexas e exigem intervenções cirúrgicas logo nos primeiros dias ou meses de vida. Cada caso é único e o tratamento é sempre individualizado, levando em conta o tipo da cardiopatia, os sintomas e o quadro geral da criança.
Tipos mais comuns de cardiopatia congênita
Alguns exemplos frequentes de cardiopatias congênitas incluem:
Comunicação interventricular (CIV): um orifício na parede entre os dois ventrículos do coração.
Comunicação interatrial (CIA): um orifício entre os átrios do coração.
Tetralogia de Fallot: uma combinação de quatro alterações cardíacas.
Transposição das grandes artérias: uma troca na posição dos principais vasos do coração.
Canal atrioventricular (CAV): uma malformação que afeta as válvulas cardíacas e as paredes entre os átrios e ventrículos.
Esses nomes podem assustar no início, mas conhecer a cardiopatia do seu filho ou filha é o primeiro passo para buscar o melhor cuidado e tomar decisões com mais segurança.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico pode acontecer ainda na gestação, por meio do ecocardiograma fetal — um exame que permite visualizar o coração do bebê em detalhes. No entanto, nem sempre a cardiopatia é detectada antes do nascimento. Em alguns casos, os sinais aparecem logo após o parto, como dificuldade para mamar, cansaço excessivo, cianose (coloração arroxeada nos lábios ou extremidades), falta de ar ou ganho de peso inadequado.
Quando há suspeita, o bebê é encaminhado para avaliação com cardiologista pediátrico e realiza exames como o ecocardiograma, eletrocardiograma e, em alguns casos, exames de imagem mais detalhados.
Tem cura?
A maioria das cardiopatias congênitas não tem cura no sentido tradicional da palavra, mas têm tratamento — e muitos pacientes vivem com qualidade, desenvolvendo-se bem com acompanhamento especializado. O tratamento pode incluir medicações, cateterismo, cirurgias corretivas ou paliativas e, principalmente, um cuidado contínuo e multidisciplinar.
Com o avanço da medicina, a sobrevida de crianças com cardiopatia congênita aumentou muito nas últimas décadas. Hoje, é possível falar em infância, adolescência e até vida adulta com cardiopatia congênita. E mais: com qualidade, dignidade e rede de apoio.
Acolhimento importa
Receber o diagnóstico de uma cardiopatia congênita é um momento de muita dor, dúvida e insegurança para mães, pais e cuidadores. É natural sentir medo. Mas é fundamental saber que você não está sozinha. Existem instituições, profissionais, redes de apoio e outras famílias que já trilharam esse caminho e estão aqui para acolher, orientar e caminhar com você.
No Instituto Corações em Rede, acreditamos que informação salva vidas — e o afeto sustenta. Por isso, estamos aqui para oferecer conteúdo confiável, apoio emocional e uma rede pronta para ajudar.
Se você acabou de receber o diagnóstico ou está em busca de mais informações, acolha-se com calma. O caminho pode ser desafiador, mas também é feito de descobertas, força e muitas pequenas vitórias.

